Uma multidão alegre e variada, em meio à qual se destacaram muitos latino-americanos, festejou nesta quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o primeiro Natal de Francisco, o Papa que denuncia guerras e injustiças. Desde cedo lotada de peregrinos de várias nacionalidades para acompanhar a tradicional mensagem "Urbi et Orbi", para a cidade e o mundo, a imensa esplanada era um lugar ruidoso e festivo, onde bandeiras da Argentina se destacavam em meio às mais de 70 mil pessoas que desafiavam o frio e o céu nublado para assistir à bênção natalina.
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Seiscentos estudantes do Colégio Internacional de Michigan, nos Estados Unidos, de 13 a 18 anos, vestidos com uniforme de gala e sentados nas primeiras filas, entre eles muitos provenientes de países hispânicos, diziam em inglês e espanhol: "Francisco, se sente, o Papa está presente" e "Esta é a juventude do Papa". "Sabemos que estar aqui é um privilégio e que há crianças que não ganham nem presentes de Natal", disse um deles. Para o panamenho Cristóbal Gómez Gutiérrez, de 18 anos, entrevistado pela TV colombiana, o Papa "não é um homem de espetáculo, mas quer que sejamos mais sensíveis para que ninguém se sinta marginalizado".A mensagem de Francisco "contra as guerras que geram ódio e vingança" e seu pedido para que não se esqueçam "das crianças sequestradas, feridas, assassinadas em conflitos armados, que se veem obrigadas a se transformar em soldados, que têm a infância roubada" emocionou o colombiano René de Jesús Gómez. "As crianças são a esperança e não é justo usá-las para as guerras. Todos fomos crianças e todos temos direito à esperança. Os que vivemos um bom Natal no primeiro mundo temos que lembrar das crianças do último mundo", refletiu.