Jornal Estado de Minas

Exército e rebeldes entram em confronto no Sudão do Sul

Estima-se que haja 50 mil pessoas em campos de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) e que centenas de milhares estejam em fuga

Agência Brasil
O Exército do Sudão do Sul e grupos rebeldes entraram em confronto neste domingo no Noroeste do país. Estima-se que haja 50 mil pessoas em campos de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) e que centenas de milhares estejam em fuga. Ontem (24), o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de 6 mil capacetes azuis (como são conhecidos os soldados que integram as missões de paz da organização) para assegurar a tranquilidade no Sudão do Sul. A resolução, aprovada por unanimidade pelos 15 membros do conselho, autoriza o aumento do contingente militar no país de 7 mil para 12,5 mil.
Segundo a ONU, o objetivo da medida é garantir a segurança e proteger os civis sudaneses da violência. A resolução prevê ainda possibilidade de aumento do contingente policial de 900 para 1,3 mil. Na última semana, uma base da organização foi atacada durante confrontos e três capacetes azuis foram mortos.

"Houve combates nesta manhã entre as forças governamentais e os rebeldes em Malakal, segunda maior cidade do país", disse o ministro da Informação, Michael Makwei. De acordo com ele, os rebeldes não tomaram o controle da cidade, considerada estratégica nos conflitos por ser uma região em que há petróleo – responsável por 95% da economia nacional. Localizada no estado do Alto Nilo, próximo à fronteira do país com o Sudão e a Etiópia, Malakal ica a cerca de 650 quilômetrosda capital, Juba.

Os confrontos no Sudão do Sul, que se intensificaram no último mês, especialmente depois de uma tentativa frustrada de golpe de Estado, opõem forças leais ao presidente Salva Kiir e as do ex-vice-presidente Riek Machar, destituído em julho.

Hoje no Vaticano, em sua bênção de Natal, o papa Francisco pediu paz no mundo e se referiu especificamente ao Sudão do Sul.