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Estado de Minas

Rússia em alerta após ataque suicida

Explosão em estação de trem de Volgogrado deixa país em atenção com proximidade dos Jogos Olímpicos de Inverno


postado em 30/12/2013 07:11 / atualizado em 30/12/2013 07:14

Bombeiros e seguranças russos inspecionam os destroços depois da detonação da bomba na estação de trem que foi alvo do atentado (foto: STRINGER/AFP)
Bombeiros e seguranças russos inspecionam os destroços depois da detonação da bomba na estação de trem que foi alvo do atentado (foto: STRINGER/AFP)

Moscou – O Ministério do Interior da Rússia anunciou o reforço das medidas de segurança em todas as estações de trens e nos principais aeroportos do país depois da detonação de uma bomba em uma estação de trens na cidade de Volgogrado, próxima à região do Cáucaso, na manhã de ontem. O atentado deixou ao menos 16 mortos e mais de 40 pessoas feridas. Autoridades russas estão preocupadas com a segurança nacional, em função do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, a 690 quilômetros de distância, marcados para 7 de fevereiro. Segundo a comissão que investiga o caso, foi aberto inquérito por atentado terrorista.

A agência de notícias russa Interfax citou duas fontes policiais não identificadas dizendo que as autoridades acreditavam que o atacante era um homem que carregava uma bomba na estação com uma mochila. Já a agência Vida News disse que os oficiais acreditam que o atacante estava acompanhado por um homem com uma mochila e uma mulher. A maioria das agências de notícias internacionais noticiou a explosão sendo provocada por uma mulher suicida.

A detonação da bomba ocorreu perto dos detectores de metal localizados na entrada da principal estação ferroviária de Volgogrado. Cenas exibidas na TV mostraram uma enorme bola de fogo laranja enchendo a sala com colunas imponentes e muita fumaça saindo pelas janelas quebradas. Autoridades russas divulgaram que a potência do artefato explosivo equivalia a 10 quilos de TNT. Muitas ambulâncias se dirigiram à entrada do edifício, em meio aos destroços e à neve “Foi uma explosão muito potente”, declarou Valentina Petrichenko, vendedora de uma loja da estação, à rede russa Vesti 24. “Várias pessoas começaram a correr, mas foram lançadas pela explosão. Foi assustador.”

O ataque, apenas dois meses depois de uma mulher-bomba matar seis pessoas em um ônibus, na mesma cidade, levantou questões sobre a eficácia das medidas de segurança, que o Kremlin rotineiramente ordena que sejam reforçadas após bombardeios. Até o fechamento desta edição, não havia reivindicação imediata de responsabilidade pelo atentado.

O presidente russo, Vladimir Putin, encarregou os ministros da Saúde e de Situações de Emergência, assim como as autoridades locais, de tomar “todas as medidas necessárias para fornecer assistência completa a todos os feridos na explosão” e reforçar a segurança da cidade, segundo um comunicado do Kremlin. A Otan e a União Europeia condenaram o ataque, que “não tem qualquer justificativa”, segundo o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, expressou suas sinceras condolências aos familiares das vítimas do ataque, que ele classificou como “abominável”.

Viúvas negras A cidade de Volgogrado, conhecida na época soviética como Stalingrado, foi palco em outubro de atentado suicida provocado por uma mulher, vinculada aos islamitas que lutam contra o Exército russo na região do Cáucaso norte. A mulher, oriunda do Daguestão, detonou seus explosivos em um ônibus de estudantes, provocando a morte de seis pessoas. Na sexta-feira, um carro-bomba matou três pessoas em Pyatigorsk, a 270 quilômetros de Sochi.

Volvogrado está logo acima do Cáucaso, onde há várias províncias de maioria muçulmana que inclui a Chechênia, onde a Rússia lutou duas guerras contra separatistas nas últimas duas décadas. Volgogrado, distante 900 quilômetros da capital Moscou, é uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes, e um importante centro de transportes no Sul do país.

As mulheres suicidas, conhecidas como “viúvas negras”, se vingam da morte de membros de suas famílias nos confrontos no Cáucaso atacando civis. A rebelião islamita busca instaurar um Estado islamita nessa área. Seu chefe, Doku Umarov, inimigo número um do Kremlin, fez uma convocação em julho de ataques contra os Jogos de Sochi para impedir por todos os meios este evento.


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