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Estado de Minas

Últimos chineses uigures de Guantánamo foram libertados


postado em 31/12/2013 16:22

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira a transferência para a Eslováquia dos últimos três uigures, chineses muçulmanos, que continuavam detidos na prisão militar de Guantánamo, apesar de terem sido absolvidos há anos.

"Os Estados Unidos agradecem ao governo eslovaco por este gesto humanitário e por sua vontade de apoiar os esforços americanos para fechar a prisão de Guantánamo", afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em um comunicado.

Os três ex-detentos são Yussef Abbas, Saidullah Khalik e Hajiakbar Abdul Ghuper, considerados passíveis de soltura desde uma sentença judicial de outubro de 2008, segundo o Pentágono.

"Já estão na Eslováquia. Atualmente, estão em um campo para imigrantes, aprendem eslovaco e se preparam para uma nova vida", disse à AFP o porta-voz do Ministério eslovaco do Interior, Ivan Netik.

As autoridades estão procurando trabalho para eles, segundo Netik.

Ao todo, 22 chineses uigures foram levados para Guantánamo. Embora todos tenham sido absolvidos durante o segundo mandato de George W. Bush (2001-2009), eles permaneceram por vários anos nessa prisão militar situada na ilha de Cuba, temendo ser perseguidos caso fossem transferidos para a China.

A minoria muçulmana uigure vive na região de Xinjiang, noroeste da China. Alguns grupos uigures denunciam a repressão política e religiosa por parte da China, enquanto Pequim os classifica como "terroristas".

Vários países se mostraram reticentes quanto à ideia de receber os uigures absolvidos em Guantánamo, temendo que a decisão afetasse suas relações com a China.

Em 2006, a Albânia recebeu cinco deles; o arquipélago de Palau, seis; Bermudas, quatro, em 2009; enquanto dois foram enviados para a Suíça, em 2010; e outros dois para El Salvador, em 2012.

As transferências de Guantánamo se aceleraram nos últimos meses, com o retorno a seu país de dois argelinos - contra sua vontade -, dois sauditas e dois sudaneses. Hoje, ainda há 155 detentos no presídio americano.

Embora o Congresso dos Estados Unidos proíbam o traslado de presos para solo americano, a Casa ampliou, em dezembro, a possibilidade de que o presidente Barack Obama determine transferências para outros países. Talvez a medida permita ao presidente Obama cumprir a promessa feita na disputa pela Casa Branca de fechar Guantánamo.


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