O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, empossou na noite de terça-feira seu gabinete de 29 ministros e 107 vice-ministros, exigindo que atuem com maior disciplina, exigência e que cumpram metas reais.
"Vocês, ministros, ministras, companheiros, se tornem chefes verdadeiros, exigentes, autoexigentes. Devemos ter maior disciplina, maior exigência e cumprir as metas reais", indicou o presidente a partir do Palácio Presidencial de Miraflores.
"Eu, pessoalmente, me ocupei de revisar cada uma das funções de cada ministério. As coisas boas e ruins que ocorreram aqui são minha responsabilidade. Bom, também compartilhada, mas é responsabilidade pessoalíssima", acrescentou Maduro.
O presidente foi nomeando, "de maneira detalhada e cuidadosa", os encarregados de cada pasta e seus vice-ministros, ao mesmo tempo em que os convocou a romper com as "vaidades burguesas e egolatrias".
No encerramento da cerimônia, os 29 ministros e os 107 vice-ministros levantaram sua mão esquerda e juraram "ouvir o povo", "levar adiante os planos de pacificação social" e a "construção da nova economia".
Na última quarta-feira, Maduro anunciou mudanças e ratificações em seus ministérios. Manteve como ministro de Petróleo Rafael Ramírez, peça chave na questão econômica, mas modificou as pastas da área financeira, em plena crise com uma inflação que fechou 2013 em 56% e uma escassez de mais de 22% dos produtos básicos.
Também ratificou o ministro da Justiça, Miguel Rodrígez, responsável por diminuir o número de 39 e 79 homicídios para cada 100.000 habitantes, segundo dados oficiais ou das organizações não governamentais, assim como de levar adiante o plano de pacificação ordenado por Maduro após o assassinato de uma ex-miss e seu marido no dia 6 de janeiro.