- Foto: ReproduçãoO ator Eric Lawson foi o homem símbolo da marca norte-americana Marlboro entre 1978 e 1981, período em que havia poucas restrições em relação à publicidade do cigarro e o hábito de fumar ainda mantinha um certo ar de glamour e rebeldia. No último dia 10 de janeiro, Lawson se juntou a outros três 'Marlboro Man' - como eram conhecidos os modelos e atores que ilustravam os anúncios – e morreu aos 72 anos, em função de complicações vinculadas ao tabagismo.

Lawson era ator de pequenos papéis em programas de TV, como Baretta e A Streets of San Francisco, quando foi contratado para aparecer em anúncios da marca Marlboro. O ator também participou de 'As Panteras' e Baywatch, mas um acidente no set de filmagem de um filme de faroeste encerrou sua carreira em 1997.

O antigo "Marlboro Man" se tornou ainda mais conhecido quando, apesar de fumar desde os 14 anos, participou de uma campanha anti-tabagismo na televisão, satirizando comerciais originais de Marlboro, com os típicos cowboys norte-americanos. A esposa dele, Susan, informou que o ator continuou fumando mesmo após receber o diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a DPOC ainda é pouco conhecida e subdiagnosticada.

Marlboro Man

A campanha da marca Marlboro envolvendo garotos-propaganda cowboys deu início em 1955, numa tentativa de atrair o público masculino a consumir cigarros com filtro, considerados femininos na época. De acordo com Jack Landry, executivo de publicidade da Phillip Morris, o Cowboy era "a imagem certa para capturar a fantasia da juventude... um símbolo perfeito de independência e rebeldia individualista".

Desde então, outros três conhecidos cowboys já tiveram mortes relacionadas ao consumo de cigarro.

David Millar Jr, o primeiro Cowboy, morreu de efisema pulmonar em 1987.

Wayne McLaren foi o cowboy em 1976, e ficou famosa a sua foto na cama à beira da morte por câncer de pulmão em 1992, ao lado de sua imagem antiga de cowboy da marca.

David McLean, cowboy nos anos 60, morreu em 1995 de câncer de pulmão. Por idealismo político, não processou a fabricante, mas virou forte defensor anti-tabagista até a morte