Jornal Estado de Minas

Vice dos EUA pede a presidente da Ucrânia retirada da polícia em Kiev

AFP

O vice-presidente americano, Joe Biden, telefonou para o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovytch, nesta terça-feira, e lhe pediu que retire as forças de segurança de Kiev, onde duros confrontos com manifestantes já deixaram pelo menos 16 mortos somente hoje, informou a Casa Branca.

"O vice-presidente Biden ligou hoje para o presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, para expressar sua profunda preocupação a respeito da crise nas ruas de Kiev.

Pediu ao presidente Yanukovytch que retire as forças do governo e observe máxima cautela", de acordo com o comunicado divulgado nesta terça.

Washington condena a violência de qualquer parte, mas "o governo, em particular, tem a responsabilidade de acalmar a situação", acrescentou.

"O vice-presidente ressaltou a urgência de empreender imediatamente um diálogo com os líderes de oposição para ouvir as reivindicações legítimas dos manifestantes e antecipar propostas sérias de reformas políticas", segundo a nota.

"Os Estados Unidos estão comprometidos com o apoio aos esforços para promover uma resolução pacífica da crise que reflita o desejo e as aspirações do povo ucraniano", completou o comunicado.

Biden já se comunicou diversas vezes com Yanukovytch e com os líderes opositores, em um esforço para buscar uma saída para a crise política.

Desde meados de janeiro não se registravam episódios violentos da magnitude do ocorrido nesta terça-feira, em Kiev, palco de manifestações da oposição desde que Yanukovytch rejeitou, em dezembro, um acordo com a União Europeia. Em contrapartida, o presidente ucraniano preferiu favorecer relações mais próximas com a Rússia.

O governo americano emitiu uma advertência para viagens à Ucrânia, na qual o Departamento de Estado preveniu seus cidadãos sobre "os maiores riscos de se viajar para a Ucrânia, devido aos conflitos políticos e aos choques violentos entre a polícia e os manifestantes".

"Os cidadãos americanos devem evitar qualquer protesto, manifestação e concentração em massa", frisou o comunicado, que pediu às pessoas que vivem nos arredores de onde ocorrem esses protestos que "deixem essas áreas, ou se preparem para permanecer dentro de suas residências, possivelmente por vários dias".

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