"Eu estou morrendo".
Ao postar sua mensagem no Twitter e no VK (o Facebook russo), Olesya Jukovska acrescentou uma carga emocional extra a uma situação já dramática, com a morte de dezenas de manifestantes nos confrontos com a polícia no centro de Kiev.
Para alívio de milhares de internautas, a jovem sobreviveu ao ferimento.
Foi o "Euromaidan", o nome adotado pelo movimento de contestação ao poder do presidente Viktor Yanukovytch, que anunciou que Olesya Zhukovska estava muito ferida, mas que sua vida não corria perigo.
"Tudo vai ficar bem com você! Eu rezo por você! A Ucrânia inteira reza por você!", escreveu Anastasiya Sosnovaya na Internet.
Menos de uma hora antes de ser ferida, Olesya havia feito um apelo aos ucranianos para que fossem "com urgência" a Kiev. "Precisamos da sua ajuda. O massacre que começou esta manhã não vai parar antes desta noite", escreveu.
A Polícia de Choque abriu fogo na manhã desta quinta contra os manifestantes que pressionavam o cordão de isolamento das forças da ordem, na Praça da Independência (Maidan), em Kiev, centro nervoso dos protestos. Os policiais usaram munição convencional e balas de borracha.
O local está ocupado há três meses pelos ativistas, que denunciam uma submissão do presidente Yanukovytch à Rússia e a corrupção em seu regime.
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