O Parlamento ucraniano votou nesta sexta-feira uma lei que acaba com o artigo do código penal que levou à condenação da opositora Yulia Timoshenko, e que abre teoricamente o caminho para a sua libertação.
Timoshenko, ex-primeira-ministra, foi condenada em 2011 a sete anos de prisão por abuso de poder, após a chegada ao governo no ano anterior do presidente Viktor Yanukovytch, de quem ela era a principal adversária política.
Este voto do Parlamento ocorre após a assinatura de um acordo para a saída da crise entre o presidente Viktor Yanukovytch e representantes da oposição, após três meses de uma grave crise política. Esta resolução foi aprovada na Rada, o Parlamento ucraniano, com 310 votos a favor de um total de 450. A medida ainda precisa ser assinada pelo presidente Yanukovytch para entrar em vigor.
Líder da Revolução pró-ocidental Laranja em 2004, Timoshenko perdeu para Yanukovytch nas eleições presidenciais de 2010.
Sua prisão, denunciada pela oposição como uma "vingança política", causou uma grave crise entre Kiev e a União Europeia, e sua libertação era uma das condições impostas pela Europa para a assinatura de um acordo de associação.