O papa Francisco pediu que os novos cardeais proclamados neste sábado (22) sejam "homens de paz". Na cerimônia deste sábado, chamada de Consistório, esteve presente o papa emérito Bento XVI, que participou pela primeira vez de uma cerimônia pública desde a sua renúncia. Entre os 19 cardeais proclamados está o brasileiro dom Orani Tempesta.
O papa emérito, de 86 anos, aparentava estar em boa forma e era o primeiro da fila. Ele vestia traje branco entre os cardeais, vestidos de vermelho, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em Roma. Dezoito dos 19 novos cardeais estavam presentes na cerimônia pública - exceto Loris Francesco Capivilla, de 98 anos, antigo secretário do papa João XXIII, que está em Bergamo, cidade no Norte da Itália. Seus barrete (chapéu vermelho de quatro pontas), título e anel cardinalício serão entregues posteriormente por uma delegação.
"Digo-vos o que a Igreja precisa: ela precisa da vossa colaboração, e ainda mais da vossa
comunhão, a comunhão comigo e entre vós. A Igreja precisa da vossa coragem de anunciar o Evangelho em todas as ocasiões, oportunas ou inoportunas, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração", disse o papa.
Ao longo da cerimônia, cada novo cardeal aproximou-se do papa e ajoelhou-se para aceitar o barrete, o anel e o título, recebendo cada um, simbolicamente, a incumbência de uma das centenas de igrejas.
Muitos dos novos cardeais são provenientes de cidades classificadas pelo papa Francisco
como "periféricas" - desde Ouagadougou, em Burkina Faso; e Abidjan, na Costa do Marfim; até a cidade italiana de Perugia.
Dezesseis dos novos cardeais têm menos de 80 anos e entram no Sagrado Colégio, podendo ser eleitores papa, em caso de um Conclave. Outros três são cardeais eméritos sem direito a voto, por terem mais de 80 anos.