Jornal Estado de Minas

Privatização do Bankia começa com venda de 7,5% do capital por EUR 1,3 bilhão

AFP

O Estado espanhol iniciou nesta sexta-feira a privatização do Bankia, nacionalizado em 2012 para ser salvo da quebra, com a venda de 7,5% de seu capital por 1,3 bilhão de euros, anunciou o regulador da bolsa espanhola CNMV.

Os títulos do Bankia, suspensos na manhã desta sexta-feira na Bolsa de Madri, voltaram a ser negociados por volta das 09h00 GMT (06h00 de Brasília) com uma queda de mais de 4%, a 1,51 euro, que foi o preço de venda unitário do pacote de 863.799.641 ações colocado.

O ganho líquido da operação chega a 301 milhões de euros, afirmou o grupo BFA-Bankia no comunicado transmitido através do CNMV.

Três entidades bancárias, o braço londrino do Deutsche Bank AG, Morgan Stanley e UBS, foram escolhidas para gerir a operação através do processo de colocação acelerada de ações, indicou na quinta-feira o UBS em um comunicado da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

Após esta operação, o BFA-Bankia ainda mantém 60,89% do capital.

Em meados de fevereiro, o presidente do banco, José Ignacio Goirigolzarri, afirmou que a privatização seria feita por etapas durante dois ou três anos.

A União Europeia deu como prazo até 2017 ao governo espanhol para privatizar o Bankia, que se beneficiou em 2012 de uma injeção de mais de 20 bilhões de euros de capital público para ser resgatado.

Isto levou a Espanha a pedir uma ajuda europeia de 41,3 bilhões de euros para seu setor bancário, profundamente debilitado pela explosão da bolha imobiliária.

No início de fevereiro, o Bankia anunciou um lucro líquido em 2013 de 509 milhões de euros, depois de ter registrado perdas recorde de 19 bilhões em 2012.

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