O embaixador da Rússia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Alexandre Grushko, aceitou nesta terça-feira participar de uma reunião da organização para discutir a crise na Ucrânia, iniciativa de vários países membros da Aliança, disse Oana Lungescu, porta-voz da Otan. A reunião será nesta quarta-feira em Bruxelas.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do presidente ucraniano Viktor Ianukóvitch, e Moscou enviou nas últimas horas tropas para a república autônoma da Crimeia, com uma maioria de cidadãos russos e base da frota russa do Mar Negro.
A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos, depois de o governo autônomo ter rejeitado o novo presidente da Ucrânia.
A segunda reunião de emergência da Otan foi marcada a pedido da Polônia, que invocou o Artigo 4º do Tratado da Aliança Atlântica, por se considerar ameaçada pela possível intervenção armada da Rússia.
Nos termos daquele artigo “qualquer aliado pode solicitar consultas sempre que, na opinião de qualquer um deles, a sua integridade territorial, a independência política ou a segurança é ameaçada”, indicou a Aliança Atlântica.