O Órgão Internacional de Controle de Entorpecentes (OICS) questionou, nesta terça-feira, as iniciativas do Uruguai e dos Estados Unidos para a legalização da maconha, consideradas ilegais aos olhos das convenções internacionais.
A agência da ONU evocou em seu relatório anual uma "perigosa tendência" no Uruguai após a legislação da "produção, venda e consumo de maconha com fins não-médicos", e garante que tal lei contraria as disposições da Convenção única sobre os entorpecentes de 1961.
O parlamento uruguaio adotou definitivamente em dezembro de 2013 um texto que regula a produção e a venda de maconha sob autorização do Estado, uma iniciativa sem precedentes no mundo.
o OICS também lamentou "profundamente" que os estados do Colorado e de Washington tenham legalizado a posse de pequenas quantidades de maconha, em vigor desde o início de janeiro no Colorado e e possível a partir do segundo trimestre de 2014 em Washington.
O OICS perde ao governo federal norte-americano que "atente para que as convenções sejam plenamente respeitadas em todo o território" do país.
A agência pediu para que os governos tenham como prioridade "a saúde e o bem-estar da população no longo prazo", no espírito do preâmbulo da Convenção de 1961" na hora de avaliar "suas futuras políticas" sobre a questão das drogas.