O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, avaliou nesta quarta-feira que não existem razões para se aplicar os instrumentos regionais de restituição democrática na Venezuela, sacudida por violentos protestos.
"Não há razão para se aplicar qualquer dos instrumentos da OEA relativos à quebra da democracia", disse Insulza citando os artigos da Carta Democrática Interamericana, durante discurso no Center for Strategic and International Studies, em Washington.
Insulza admitiu que existem problemas, como a falta de independência do Poder Judiciário e de liberdade de expressão, mas afirmou que não observa "uma destruição clara e massiva da democracia na Venezuela".
A onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, iniciada há um mês, já deixou 18 mortos, 260 feridos e centenas de detidos na Venezuela, além de inúmeras denúncias de violações dos direitos humanos.
Nesta quinta-feira, a situação na Venezuela será analisada em reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos, a pedido do Panamá, que propõe convocar os chanceleres da OEA para avaliar o caso venezuelano.