Kuala Lumpur - Duas manchas de óleo descobertas neste sábado pela Força aérea vietnamita são por ora a única pista sobre o paradeiro de um avião transportando 239 pessoas que desapareceu do radar sem enviar qualquer pedido de socorro.
Uma frota internacional de aviões e navios realizou buscas em águas entre a Malásia e o Vietnã em busca de outras pistas sobre o destino do Boeing 777 da Malaysian Airlines, que desapareceu no trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim.
As manchas de óleo avistadas ao largo da ponta sul do Vietnã tinham entre 10 quilômetros e 15 quilômetros de comprimento, afirmou o governo vietnamita em comunicado. Não havia confirmação imediata de que estavam relacionadas ao voo MH370, mas o governo disse que elas eram consistentes com o tipo de mancha que seria produzida por dois tanques de combustível de uma aeronave.
O CEO da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, afirmou que não havia indicações de que os pilotos enviaram um sinal de sinal de socorro. Isso pode significar que qualquer problema que atingiu o avião aconteceu tão rápido que a tripulação não teve tempo para emitir mesmo um alerta rápido.
Perguntado se havia suspeita de terrorismo, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que as autoridades "estavam olhando para todas as possibilidades, mas é muito cedo para fazer quaisquer comentários conclusivos". Os temores de terrorismo se intensificaram depois que as chancelarias da Itália e da Áustria disseram que os nomes de dois cidadãos listados na lista de passageiros do voo eram os mesmos de dois cidadãos que relataram passaportes roubados na Tailândia.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália disse que um homem italiano que foi listado como passageiro, Luigi Maraldi, viajava pela Tailândia e não estava a bordo do avião. Segundo o órgão, Maraldi relatou o roubo do passaporte em agosto. O Ministério das Relações Exteriores da Áustria confirmou que um nome listado na lista de passageiros era o mesmo de uma pessoa que teve um passaporte austríaco roubado há dois anos na Tailândia. O órgão disse que o austríaco não estava no voo, mas não confirmou identidade da pessoa.
Uma longa espera por respostas poder estar a frente. Encontrar destroços de aeronaves que afundaram no oceano pode levar dias. Localizar e depois recuperar os dados do voo e dos gravadores da cabine de voz pode levar meses ou mesmo anos.
O piloto do voo MH370, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, tem mais de 18 mil horas de voo e voava para a companhia desde 1981. o primeiro oficial, Hamid Fariq, de 27 anos de idade, tem 2,8 mil horas de experiência e voava para a companhia desde 2007. O avião desaparecido recebeu sua última inspeção de segurança há 10 dias - mais cedo do que prevê a regulamentação - e não tinha histórico de mau funcionamento, segundo a Malaysia Airlines.