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Estado de Minas

Ucrânia mantém controle sobre cidades rebeldes do leste

Donetsk e Luhansk têm fim de semana tumultuado com comícios pró-Rússia


postado em 10/03/2014 14:01 / atualizado em 10/03/2014 14:48

Manifestantes pró-Rússia tomaram as ruas do centro de Donetsk no Domingo (9)(foto: ALEXANDER KHUDOTEPLY/AFP)
Manifestantes pró-Rússia tomaram as ruas do centro de Donetsk no Domingo (9) (foto: ALEXANDER KHUDOTEPLY/AFP)

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, culpou nesta segunda-feira as autoridades da Rússia de causarem distúrbios na região leste do país, mas informou que as autoridades do país mantêm o controle sobre a cidade industrial de Donetsk e já dominam Luhansk, onde houve tensos comícios pró-Rússia no final de semana. Yatsenyuk admitiu que a situação na parte oriental do país continua a ser "muito difícil", mas que os comícios pró-Moscou das duas últimas semanas não ameaçam o domínio sobre a região do novo governo de Kiev.

No domingo, milhares de pessoas tomaram o prédio do governo em Luhansk e obrigaram o governador nomeado por Kiev a renunciar. Em Donetsk, manifestantes pró-Rússia e pró-Ucrânia entraram em confronto, causando o cancelamento da visita do candidato à presidência Vitali Klitschko à cidade.

Yatsenyuk disse que as autoridade ucranianas fizeram com que milhares de "provocadores russos" parassem de agir dentro da Ucrânia. O premiê acusou ainda a Rússia de tentar redesenhar o mapa da Europa ao enviar tropas para a região separatista da Crimeia e pediu o cancelamento do referendo na região. Apesar disso, o primeiro-ministro interino disse que está pronto para o referendo separatista da Crimeia, "mas que ele não ocorra com o apoio de metralhadoras russas".

Yatsenyuk também culpou o governo recentemente instalado na Crimeia de impedir o trabalho de instituições financeiras estaduais. "Estamos fazendo todo o possível para restabelecer o funcionamento do Banco Nacional da Ucrânia e dos cofres do Estado na Crimeia", disse.

As contas do Tesouro e do Banco Nacional são usadas na Ucrânia para pagar pensões e financiar programas sociais. Autoridades da Crimeia acusaram o governo ucraniano de bloquear o trabalho dessas instituições na região.


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