O presidente deposto da Ucrânia,Viktor Yanukovych disse nesta terça-feira que continua sendo o chefe de Estado legítimo e comandante das Forças Armadas do país, assegurando que regressará brevemente a Kiev.
"Eu continuo a ser não só o único presidente legítimo da Ucrânia, mas também o comandante supremo", disse, em sua primeira aparição pública. "Assim que as circunstâncias permitirem – e tenho a certeza de que não falta muito – eu vou, sem dúvida, regressar a Kiev", acrescentou.
Numa curta declaração aos jornalistas em Rostov-do-Don, na Rússia, Yanukovych disse que a Ucrânia está "nas mãos de um bando de ultranacionalistas e neofascistas" que querem "iniciar uma guerra civil". "Os oficiais e soldados não vão obedecer às ordens criminosas de um governo imposto por um golpe de Estado", assegurou.
Em sua segunda declaração à imprensa desde que se refugiou na Rússia após ser destituído no dia 22 de fevereiro pelo Parlamento ucraniano, Ianukóvitch negou qualquer legitimidade às eleições presidenciais previstas para maio.
"As eleições presidenciais convocadas para 25 de maio pelo bando que usurpou o poder como resultado de um golpe de Estado anticonstitucional são absolutamente ilegítimas e ilegais", afirmou.