Ao todo, dez países estão ajudando a varrer os mares ao redor da Malásia, incluindo a própria China, Vietnã e os Estados Unidos. Mais navios vietnamitas serão deslocados para ajudar nas buscas. No total, 56 navios de superfície estão fazendo pesquisas na região e outras 30 aeronaves sobrevoam o território entre a Malásia e o Vietnã.
Hoje, o ministro dos Transportes da Malásia, Hishamuddin Hussein, voltou a ressaltar que ainda não há novidades e nenhum sinal da aeronave. A autoridade do governo malasiano advertiu que as buscas podem se prolongar por um tempo indeterminado.
"Vai ser longo e arrastado", previu o ministro durante entrevista ao jornal Wall Street Journal.
A avaliação das autoridades aumenta a tensão e a cautela sobre como as investigações estão sendo conduzidas. A China é especialmente prejudicada. Mais de 150 passageiros a bordo do voo eram chineses. Familiares reclamam que os representantes da companhia aérea não repassam informações atualizadas sobre as buscas.
Na terça-feira, Pequim pressionou a Malásia para acelerar as pesquisas e as investigações.
Nesses cinco dias de desaparecimento, várias pistas falsas e relatórios conflitantes foram divulgados. Hoje pela manhã, um objeto não identificado foi localizado no Estreito de Malaca, mas ainda não há confirmações sobre a autenticidade do objeto. Alguns especialistas começaram a apostar na hipótese de um possível suicídio do piloto, mas as autoridades malasianas descartam a ideia de envolvimento da tripulação no caso. Com as imprecisões, o governo do Vietnã chegou a suspender os sobrevoos à espera de esclarecimentos da Malásia. As atividades só foram retomadas no fim do dia.
Analistas em aviação explicam que a ausência de um sinal eletrônico antes do desaparecimento dificultam as previsões sobre a localização da aeronave. Além disso, há indícios no radar que sugerem que o Boeing 777 possa ter tentado retornar a Kuala Lumpur antes da perda de contato. Essa informação provocou uma ampliação da área de busca, que já era considerada desafiadora.
Para intensificar o processo de busca, o governo malasiano pediu ajuda à Índia na tentativa de ampliar a área de busca na região do Mar de Andaman, ao norte do Estreito de Malaca. Os navios indianos fazem patrulhas frequentes nessa região e pode ajudar a encontrar possíveis pistas sobre o desaparecimento..