O governo da Malásia negou nesta quinta-feira as informações de que o avião desaparecido desde sábado tenha voado durante quatro horas depois de desaparecer do radar e afirmou que as imagens de um satélite chinês, que provocaram esperanças, não mostravam destroços.
"As informações estão erradas", afirmou o ministro dos Transportes, Hishamudin Husein, aos jornalistas, ao comentar a notícia divulgada pelo Wall Street Journal.
Ele acrescentou que a China afirmou ao governo da Malásia que as imagens de satélite foram divulgadas "por engano e não mostravam destroços".
O Wall Street Journal informou que o Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde sábado, pode ter voado durante quatro horas após o último contato, segundo investigadores americanos.
A aeronave poderia ter viajado por centenas ou milhares de quilômetros depois do último contato com os controladores aéreos a 1H30 de sábado (14H30 de Brasília, sexta-feira), uma hora depois de ter decolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim.
Os investigadores americanos, que pediram anonimato, baseiam a hipótese nos dados transmitidos automaticamente pelos motores Rolls Royce, que equipavam o Boeing desaparecido
A China anunciou na quarta-feira que um de seus satélites havia detectado três "objetos flutuantes" de certo volume em uma zona marítima onde foi perdido o contato com o avião.
O Boeing 777, com 239 pessoas a bordo, de várias nacionalidades, a maioria chinesas, viajava entre Kuala Lumpur e Pequim quando desapareceu dos radares na madrugada de sábado (tarde de sexta-feira no horário de Brasília).
As buscas cobrem atualmente 27.000 milhas náuticas (quase 90.000 quilômetros quadrados, o que praticamente equivale à superfície de Portugal). Doze países, incluindo Estados Unidos, China e Japão, participam nas operações.
.