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Estado de Minas

Buscas por avião são ampliadas e terão auxílio da Índia

A ampliação torna a tarefa de encontrar o Boeing 777 que fazia o voo MH370 ainda mais difícil e intensifica a suspeita de que as equipes de busca estavam procurando o avião no lugar errado


postado em 13/03/2014 17:31 / atualizado em 13/03/2014 18:30

Imagem de instituto chinês levantaram a suspeita de que se tratavam de peças do avião desaparecido. Buscas no local provaram não ser do voo MH370(foto: CCRSDA/AFP)
Imagem de instituto chinês levantaram a suspeita de que se tratavam de peças do avião desaparecido. Buscas no local provaram não ser do voo MH370 (foto: CCRSDA/AFP)

Autoridades da Malásia aumentaram novamente a área de buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines. Desta vez, as buscas serão realizadas mais para o oeste, na direção da Índia. Segundo as autoridades, as mudanças ocorrem porque a aeronave pode de fato ter voado por várias horas depois de seu último contato civil. A Índia, por sua vez, aceitou o pedido da Malásia e se juntou ao esforço internacional de busca.

A ampliação torna a tarefa de encontrar o Boeing 777 que fazia o voo MH370 ainda mais difícil e intensifica a suspeita de que as equipes de busca estavam procurando o avião no lugar errado. A aeronave sumiu no sábado, quando fazia a rota de Kuala Lumpur a Pequim, com 239 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.

Mais cedo, aviões de busca foram enviados para procurar o avião em uma área perto da ponta sul do Vietnã, onde imagens de satélite da China publicadas em um site do governo chinês supostamente mostravam objetos flutuando. Nada foi encontrado. "Não há nada. Fomos até lá, não tem nada", disse o ministro dos Transportes interino da Malásia, Hishammuddin Hussein. Aumentando a frustração, Hussein disse posteriormente que a Embaixada chinesa havia notificado o governo malaio que as imagens foram divulgadas por engano e não mostravam possíveis destroços do Boeing que desapareceu.

Uma equipe de buscas internacional está varrendo metodicamente partes do Mar do sul da China. Uma caçada similar está sendo conduzida para o oeste, no Estreito de Malaca, por causa de sinais em radares militares que indicaram que o avião se dirigia naquela direção, passando sobre a Península da Malásia. A área total de busca tem em torno de 92.600 quilômetros quadrados, ou quase o tamanho de Portugal.

Na quinta-feira, o jornal Wall Street Journal citou investigadores norte-americanos na quinta-feira dizendo que suspeitavam que o avião permaneceu no ar por cerca de quatro horas depois de seu último contato confirmado. Os dados dos motores do avião são transmitidos automaticamente para o solo como parte de um programa de manutenção rotineiro.

Hishammuddin disse que o governo havia contatado a Boeing e a Rolls Royce, fabricante de motores, e ambos disseram que os últimos dados de motores foram recebidos à 1h07 (horário local), cerca de 23 minutos antes de os transponders, que identificam a aeronave para radares comerciais e aviões próximos, pararem de funcionar. Perguntado se era possível que o avião continuasse voando por várias horas, Hishammuddin disse: "Claro, não podemos descartar nada. É por isso que estendemos as buscas. Estamos expandindo a procura para o mar de Andaman". O mar, que faz parte do Oceano Índico, fica a noroeste da Península da Malásia.

Com a extensão das buscas, a Índia informou que sua Marinha, Força Aérea e Guarda Costeira se integraram às equipes que procuram o avião. Um comunicado do ministério da Defesa divulado hoje informou que a Índia recebeu um pedido formal de ajuda do governo malaio e decidiu participar das buscas. A área indicada pela Malásia para o país fica no sul do Mar de Andaman e a oeste da Ilha de Grande Nicobar.


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