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Obama pede ao G7 e UE reunião para discutir situação da Ucrânia

Medida acontece em resposta ao presidente Vladimir Putin, que assinou nesta terça-feira um tratado que transforma a Crimeia parte da Rússia

AFP
Ativistas comemoram na Praça Vermelha, em Moscou, a anexação da península da Criméia à Rússia - Foto: AFP Photo /Dmitry Serebryakov

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira aos líderes do G7 e da União Europeia uma reunião na próxima semana em Haia, à margem do encontro de cúpula sobre segurança nuclear, para debater a situação na Ucrânia, anunciou a Casa Branca.

"A reunião estará centrada na situação na Ucrânia e nas próximas decisões que o G7 poderia tomar para responder à evolução da situação e apoiar a Ucrânia", afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC), Caitlin Hayden.

A NSC afirmou que os dirigentes do G7 suspenderam a participação na reunião do G8 (G7 mais a Rússia), inicialmente prevista para a cidade russa de Sochi em junho, para denunciar a "violação" da soberania da Ucrânia por Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira o tratado que transforma a Crimeia em parte integrante da Rússia, com efeito imediato, sem levar em consideração as sanções ocidentais impostas na segunda-feira. A decisão foi imediatamente denunciada por países ocidentais e por Kiev.

Líderes criticam Rússia

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou as ações da Rússia na Crimeia, que chamou de "confisco de território", e ameaçou Moscou com novas sanções. "A Rússia alinhou todo um leque de argumentos para justificar o que não é nada mais que um confisco de território", declarou Biden em Varsóvia, em uma resposta ao discurso de Vladimir Putin. O líder russo anunciou a assinatura de um tratado para incorporar a península da Crimeia à Rússia.

"O isolamento político e econômico da Rússia só pode aumentar se continuar por este caminho e verá, de fato, novas sanções dos Estados Unidos e da UE", completou Biden,

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, compartilha como a posição americana e afirmou que Londres decidiu suspender a cooperação militar com a Rússia. Hague explicou que a medida é aplicada sobretudo às licenças de exportação, à elaboração de um acordo de cooperação militar técnica, a um exercício naval previsto para este ano em conjunto com França e Estados Unidos, assim como às visitas de autoridades militares.

A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que a anexação da Crimeia à República da Rússia, ratificada nesta terça-feira, é "contrária ao direito internacional". Merkel também garantiu que a União Europeia "está completamente convencida" da irregularidade da ação. Por sua vez, o presidente francês, François Hollande, condenou a anexação e pediu "uma resposta europeia forte e coordenada".

"Condenamos esta decisão", afirma Hollande em um comunicado, poucas horas após o presidente russo Vladimir Putin ratificar a integração da península ucraniana à Rússia. "A França não reconhece nem os resultados do referendo realizado na Crimeia no dia 16 de março, nem a incorporação desta região da Ucrânia pela Rússia", acrescentou o presidente francês..