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Estado de Minas

Satélite australiano detecta objetos 'possivelmente relacionados' a Boeing desaparecido


postado em 20/03/2014 02:10 / atualizado em 20/03/2014 07:44

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, anunciou nesta quinta-feira que satélites detectaram objetos "possivelmente relacionados" com o voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido misteriosamente há doze dias.


A Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) recebeu informações "novas e críveis", "baseadas em dados de satélites, sobre objetos que poderiam estar relacionados com a busca", disse Abbot no Parlamento.


"Após a análise destas imagens de satélite, foram identificados objetos possivelmente relacionados à busca" do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines.


Um avião Orion foi enviado ao local para examinar tais objetos - que seriam partes da fuselagem - e outros três aparelhos de vigilância e dois navios seguem para a zona.


Segundo John Young, funcionário da AMSA, um dos objetos "eventualmente ligado" ao voo MH370 e detectado por satélite mede 24 metros.


"Os objetos são relativamente leves. São objetos de certo tamanho, mas que flutuam de forma intermitente". "O maior tem 24 metros, o outro é menor", revelou Young em entrevista coletiva.


A Austrália se encarregou das buscas do Boeing no sul do Oceano Índico e segundo a AMSA, os objetos estão nesta região, a cerca de 2.300 km da costa australiana, onde o tempo não está bom no momento.


Abbot pediu para não haver conclusões precipitadas: "devemos ter em conta que o trabalho de encontrar estes objetos será muito complicado e que, no final, podem não ter qualquer relação com o voo MH370".


O Boeing 777-200 fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo - a maioria chineses - quando perdeu contato pelo rádio, na madrugada do dia 8 de março.


Segundo a investigação, após a perda de contato o Boeing ainda voou por várias horas, alterando direção e altitude.


As autoridades malaias consideram "intencionais" a desativação dos sistemas de comunicação do Boeing e a mudança radical de sua trajetória.


A alteração de rumo não aconteceu de modo manual, e sim por meio de um código de informática possivelmente programado por uma pessoa na cabine de comando graças ao Sistema de Gestão de Voo (FMS) utilizado pelos pilotos, confirmaram investigadores americanos citados pelo jornal New York Times.


O comandante Zaharie Ahmad Shah e o copiloto Fariq Abdul Hamid estão no centro da investigação.


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