Familiares dos passageiros chineses desaparecidos a bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines manifestaram nesta sexta-feira sua ira no primeiro encontro em Pequim com representantes das autoridades malaias, acusadas de ter perdido tempo.
A reunião, em um hotel da capital chinesa perto do aeroporto, começou com um ambiente tenso.
"Queríamos vê-los nas primeiras 24 ou 48 horas, o que teria aliviado nosso sofrimento destes últimos 13 dias", disse o familiar de um passageiro desaparecido, com a voz embargada pela emoção.
Além disso, os funcionários e militares enviados de Kuala Lumpur foram vaiados quando tomaram a palavra.
No hotel de Pequim onde as famílias dos passageiros desaparecidos estão hospedadas, as novidades na investigação, os desmentidos e as esperanças frustradas causaram estragos.
Muitos familiares, nervosos e irritados, acreditam que desde o início as informações foram ocultadas.
"O avião deu meia-volta, mas vocês negaram, e por culpa disso perderam muito tempo", disse uma das pessoas presentes na reunião.
A bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido no dia 8 de março uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur, havia 153 cidadãos chineses.
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