Em declaração conjunta, divulgada durante a Cúpula de Segurança Nuclear de Haia, na Holanda, os países se dispõem a trabalhar mais em conjunto e aceitam submeter-se a “revisões periódicas” dos seus sistemas de segurança de materiais nucleares sensíveis.
Os países – entre os quais figuram Israel, o Japão e a Turquia, mas não a Rússia nem a China – prometem “concretizar ou exceder” os padrões definidos em uma série de orientações sobre segurança de materiais nucleares da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
A Cúpula de Haia é uma iniciativa do presidente norte-americano, Barack Obama, que prometeu fazer da segurança nuclear um ponto central do seu legado político. Ele lembrou que o terrorismo nuclear era “a ameaça mais imediata e extrema à segurança global”.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse, na abertura da cúpula, nessa segunda-feira, que há quase 2 mil toneladas de materiais nucleares passíveis de serem usados na fabricação de armas em circulação. Para ele, “a segurança tem de ser uma preocupação constante”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans, destacou que “a segurança continua a ser uma responsabilidade nacional”, mas que é fundamental “reforçá-la em nível internacional, aprendendo com a experiência dos outros e aplicando as linhas de orientação da Aiea”.
O acordo firmado por 35 dos mais de 50 países participantes da cúpula estabelece como objetivo a construção de uma “arquitetura” mundial de segurança nuclear, especialmente por meio de maior transparência, da troca de informações e do estabelecimento de boas práticas..