Cerca de 132.000 médicos e paramédicos cubanos cumpriram missões no exterior desde 1963, um serviço que constitui atualmente a principal fonte de ingressos da ilha, informou nesta terça-feira uma funcionária.
"Desde que, em 1963, partiu para a Argélia a primeira brigada médica cubana em missão internacionalista, 131.933 profissionais da saúde colaboraram com outras nações", declarou a diretora da companhia Serviços Médicos Cubanos S.A., Yilian Jiménez, ao jornal oficial Granma.
"Atualmente permanecem prestando esses serviços mais de 50.000 trabalhadores, dos quais cerca de 25.000 são médicos", acrescentou.
A venda de serviços profissionais - fundamentalmente médicos- para a Venezuela, Brasil, e outros 50 países da América Latina, África e Oriente Médio, constitui a primeira fonte de ingressos da ilha e este ano arrecadará uma soma recorde de 8,2 bilhões de dólares, segundo o governo.
Jiménez afirmou que a exportação de serviços médicos não afeta a cobertura da saúde na ilha, cuja taxa de médicos por habitante "é comparável a de países de primeiro mundo".
O ministério da Saúde indicou que Cuba possui 76.836 médicos, 14.964 dentistas e 88.364 enfermeiras para uma população de 11,1 milhões de habitantes.
O sistema de saúde cubano, que é gratuito, é um dos emblemas do governo comunista, mas vem sofrendo com a crise econômica iniciada na ilha nos anos 1990.
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