O tribunal de Shizuoka, no sudeste do Japão, decidiu nesta quinta-feira realizar um novo julgamento de Iwao Hakamada, o homem mais velho condenado à morte no planeta, por vários assassinatos cometidos em 1966.
Surgiram dúvidas no âmbito judicial sobre a culpabilidade de Iwao Hakamada, atualmente com 78 anos. "O tribunal suspendeu a pena capital a que foi condenado este homem", assinalou um funcionário do judiciário.
Detido em 1966 e condenado ao enforcamento dois anos mais tarde, Hakamada permaneceu no corredor da morte durante quase meio século.
Funcionário de uma fábrica processadora de soja e ex-boxeador profissional, Hakamada teria assassinado seu patrão, a mulher do empresário e os dois filhos do casal.
Nos últimos anos, surgiram novos elementos sobre o crime, incluindo exames de DNA negativos que provariam a inocência de Hakamada, que sempre negou os assassinatos.
Após sua detenção, Hakamada assinou uma declaração admitindo o crime, mas afirma que foi sob coação policial.
A última execução no Japão ocorreu em dezembro passado e hoje há 129 detentos no corredor da morte, segundo o ministério da Justiça.
Japão e Estados Unidos são as únicas sociedades democráticas industrializadas do planeta que ainda aplicam a pena de morte.