(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Moscou reduz pressão militar sobre Ucrânia mas quer federalismo


postado em 31/03/2014 18:10

A Rússia deu nesta segunda-feira os primeiros sinais de uma retirada de suas tropas mobilizadas perto da fronteira com a Ucrânia, suscitando esperanças de relaxamento na tensão, apesar do fracasso das negociações entre russos e americanos em Paris.

O 15º Batalhão de Infantaria Motorizada do Distrito Militar do centro concluiu suas manobras na região de Kadamovski, perto da fronteira da Ucrânia, e vai voltar para a região de Samara, mais ao leste, onde está a sua sede, anunciou o Ministério da Defesa.

Os Estados Unidos se mantêm prudentes, considerando que as informações sobre a retirada de tropas russas devem ser verificadas antes de qualquer comentário. O secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, disse que não podia confirmá-las, ressaltando que isso seria uma etapa "necessária para uma discussão séria" por uma "desescalada".

A presença de soldados -- 20.000, segundo Washington --, despertou temores de uma invasão da parte leste da Ucrânia, de maioria étnica russa, e de uma repetição do cenário que causou a perda da Crimeia, ao sul, para onde o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, foi nesta segunda.

Uma das hipóteses apresentadas em Kiev para esta retirada foi um sinal de relaxamento depois do fracasso das negociações de domingo em Paris entre os chefes da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e americana, John Kerry.

Após quatro horas de discussões, os dois ministros apenas constataram suas divergências e decidiram manter o diálogo.

O chefe da diplomacia russa manteve suas consultas diplomáticas nesta segunda com seu homólogo francês Laurent Fabius, que, segundo a Chancelaria francesa, ressaltou "a urgência de uma solução diplomática".

O ministro francês deve ir depois a Berlim para se reunir com seus homólogos alemão, Frank-Walter Steinmeier, e polonês, Radoslaw Sikorski.

O Kremlin indicou que o presidente russo, Vladimir Putin, havia ligado para a chanceler alemã, Angela Merkel, para insistir na necessidade de uma reforma constitucional na Ucrânia "que garanta os interesses legítimos dos habitantes de todas as regiões" desse país.

Putin insiste que Kiev deve adotar o federalismo para que as regiões de língua russa do leste ucraniano sejam protegidas.

Um vice-ministro russo das Relações Exteriores, Grigori Karassine, expôs claramente o problema, considerando que a Rússia não reconhecerá a legitimidade da eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia, se essa reforma constitucional não for realizada.

- Medvedev na Crimeia -

No domingo em Paris, Kerry se opôs à ideia de federalismo.

Em Kiev, o presidente interino, Olexander Turchinov, seguiu o mesmo caminho.

"Lavrov, Putin e Medvedev podem propor o que quiserem para a Federação da Rússia e para resolver seus problemas, mas não os problemas da Ucrânia", disse.

Nesta segunda, a Crimeia, que deixou de ser península autônoma ucraniana para passar às mãos russas em apenas três semanas, recebeu a visita do primeiro-ministro Dmitri Medvedev.

Principal liderança a visitar esse território desde a anexação, ele liderou uma reunião dedicada ao "desenvolvimento socioeconômico da Crimeia e da cidade de Sebastopol" com autoridades locais.

Em Berlim, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, causou polêmica ao comparar a união da Crimeia à Rússia à anexação os sudetos por Adolf Hitler, segundo a imprensa. Mas ele negou que tenha dado essas declarações.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)