As últimas comunicações entre os pilotos do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 8 de março, e o controle aéreo não revelam nada anormal, segundo as autoridades malaias, que divulgaram nesta terça-feira o conteúdo das mensagens.
"A transcrição não revela nada anormal que possa ter acontecido na cabine dos pilotos antes do desaparecimento do avião", afirma em um comunicado o ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein.
As autoridades malaias divulgaram nesta terça-feira a transcrição das 43 comunicações feitas ao longo de 54 minutos, repletas de detalhes sobre o tráfego aéreo, e sem nenhum elemento que aponte algum problema na aeronave.
A transcrição conclui com uma comunicação do controle aéreo da Malásia, que deseja 'boa noite' aos pilotos do MH370 e pede que entrem em contato com os controladores do Vietnã, cujo espaço aéreo deveriam sobrevoar.
A última comunicação dos pilotos aconteceu às 1H19 (hora local), na qual um deles afirma: "Boa noite, Malaysian três, sete, zero".
O avião, que viajava de Kuala Lumpur para Pequim, desapareceu dos radares pouco depois e ainda não foi localizado. O governo da Malásia acredita que sofreu um desvio deliberado da rota e voou durante horas sobre o Oceano Índico, onde caiu, segundo as autoridades.
Até o momento, as autoridades e a companhia haviam informado que a última mensagem dos pilotos havia sido: "Tudo bem, boa noite".
A frase, muito informal, alimentou a especulação de que um dos pilotos, o capitão Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, ou o oficial Fariq Abdul Hamid, de 27, desviou a aeronave.
O governo da Malásia foi muito pressionado para esclarecer este ponto e finalmente corrigiu a informação, com a publicação completa da transcrição das comunicações.