A Rússia anexou a Crimeia no mês passado após um referendo realizado apressadamente depois que tropas russas tomaram o controle da região. A Ucrânia e o Ocidente rejeitam a votação como ilegal. "A Crimeia é uma tragédia, uma grande tragédia", disse Yanukovich, insistindo que o controle da Crimeia pela Rússia não teria acontecido se ele tivesse ficado no poder. Ele fugiu da Ucrânia depois de três meses de protestos contra seu governo.
O ex-líder disse já ter se encontrado pessoalmente com Putin desde que chegou e espera ter mais reuniões para negociar o futuro da Crimeia. "Temos que definir tal tarefa e procurar maneiras de retornar à Crimeia em quaisquer condições, de modo que Crimeia possa ter o máximo grau de independência possível... mas fazendo parte da Ucrânia", afirmou.
Yanukovich negou ter dados ordens para suas forças de segurança atirarem contra manifestantes na capital ucraniana, onde cerca de 80 pessoas foram mortas por atiradores em protestos antigoverno em fevereiro. O governo atualmente no poder acusou Yanukovich de envolvimento com essas mortes.