Buscas por avião desaparecido continuam
As buscas no Oceano Índico pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines continuam neste sábado mesmo quando as esperanças de encontrar destroços usando sinais emitidos por equipamentos de gravação diminuíram. A caixa-preta está ficando sem bateria e possivelmente deixará de emitir sinais este final de semana.
Dois navios da Austrália e um do Reino Unido começaram uma busca submarina na sexta-feira mesmo depois de investigadores dizerem que é incerta a localização dos destroços do avião que carregava 239 pessoas. As embarcações se juntaram a 13 aviões e outros 11 navios numa área mais de mil quilômetros a norte de Perth, na Austrália.
Após quatro semanas de buscas, apenas foram encontrados alguns pedaços de lixo. A área de buscas atual é uma parte do oceano para onde correntes levam normalmente todo tipo de dejeto.
A embarcação australiana é equipada com um equipamento dos Estados Unidos designado para detectar sinais da caixa preta, a qual se espera que esteja no fundo do oceano. Mas a tecnologia tem uma abrangência limitada enquanto as áreas de busca são do tamanho do território Reino Unido. O equipamento precisa chegar a pelo menos 1,8 quilômetros da caixa preta para conseguir captar seus sinais, disse o capitão da marinha norte-americana Mark Matthews ao The Wall Street Journal.
"Nenhuma evidência foi encontrada até agora, então tomamos a decisão de buscar na área onde as análises indicam que o voo 370 caiu", disse Peter Leavym da marinha australiana.
O foco das buscas mudou abruptamente para o Oceano Índico no último dia 20 de março, após imagens de satélites mostrarem o que parecem ser destroços do avião. Mais tarde, a área de buscas mudou mais para o norte depois de cálculos considerando informações de radares.
"Essa é uma área vasta e que é considerada bastante remota", disse Marshal Angus, um ex-chefe de defesa australiano que coordena as buscas internacionais. "Ainda não buscamos todos os locais para onde a aeronave pode ter ido", completou. Ele disse que investigadores de países como Estados Unidos e China concluíram a análise de informações disponíveis de radares, performance da aeronave e comunicação por satélite. "Minha expectativa é que a informação que temos é tudo o que podemos ter e vamos continuar com essa base", afirmou. .