Figueiredo Machado, assim como os chanceleres da Colômbia e do Equador, participam como representantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) testemunhas do diálogo e também estiveram presentes no primeiro encontro entre governo e oposição, realizado no dia 10 de abril. O grupo acompanha de perto a situação na Venezuela desde a criação de uma comissão para apoiar e auxiliar o diálogo político entre os venezuelanos. A comissão foi criada em 12 de março, durante reunião extraordinária do Conselho de Ministras e Ministros das Relações Exteriores da Unasul, em Santiago, no Chile.
Para testemunhar o diálogo entre as duas partes, além dos chanceleres da Unasul, governo e oposição concordaram em chamar um representante do Vaticano, que participou com o núncio apostólico Aldo Giordano. Na semana passada, o encontro aconteceu no Palácio Miraflores, sede do governo em Caracas.
O ministro brasileiro esteve em Caracas pelo menos em três ocasiões na tentativa de avançar em busca do diálogo entre governo e oposição, que trocam acusações pelos meios de comunicação. Na semana passada, ele passou alguns dias no país e, no dia 10, a MUD aceitou dialogar diretamente com o governo.
O clima entre os lados, no entanto, é de extrema desconfiança. Apesar disso, a Unasul manifestou, após mais de seis horas de diálogo, que o encontro deixou como resultado “evidências de que existe vontade política e pontos de coincidência que devem se aproveitar para não cair em um abismo de intolerância e confrontação”. De acordo com o grupo, foi a primeira vez, em mais de 15 anos, que governo e oposição sentaram-se em uma mesa de diálogo..