As equipes de resgate prosseguiam neste sábado com as buscas dos quatro guias nepaleses desaparecidos na sexta-feira após uma avalanche no Monte Everest, que matou pelo menos 12 pessoas, mas sem esperanças de encontrá-los com vida.
Os guias preparavam o local para receber os alpinistas durante a alta temporada no momento da avalanche, o acidente com o maior número de mortos na história da maior montanha do mundo.
"Não há nenhuma possibilidade de encontrar com vida as quatro pessoas desaparecidas. Estão soterradas sob a neve há 24 horas", declarou à AFP Dipendra Paudel, funcionário do ministério nepalês do Turismo.
Apesar da declaração, Paudel disse que não tinha condições de confirmar um balanço de 16 mortos.
A avalanche aconteceu às 6H45 locais de sexta-feira a 5.800 metros de altitude, em uma área próxima da geleira de Khumbu.
Dawa Tashi Sherpa, um dos sete guias que conseguiram escapar da tragédia, fez um relato da tragédia. "Um bloco gigantesco de gelo chegou do nada (...) caiu sobre nós", disse à AFP. "Quis correr, mas não tive tempo. Estávamos presos", completou o guia de 22 anos e que está internado em um hospital de Katmandu, para onde foi levado de avião após o resgate.