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Estado de Minas

Testemunhas de muita fé


postado em 27/04/2014 00:12 / atualizado em 27/04/2014 07:31

Montes Claros – Para certas pessoas, a canonização do papa João Paulo II, hoje, terá um sentido especial. Elas se encontraram com João Paulo II e agora testemunham um ser que viram em carne e osso virar santo. Isso é uma coisa difícil de acontecer na vida das pessoas, já que, tradicionalmente, pelos ritos da Igreja Católica, o candidato a santo somente é canonizado muitos anos depois de sua morte. A aposentada Maria das Mercês Castro, a dona Lilita, é uma dessas pessoas com um motivo a mais para festejar a canonização do papa João Paulo II. Ela esteve com João Paulo em duas audiências em Roma, acompanhando o irmão, o arcebispo emérito de Montes Claros dom Geraldo Majela de Castro: em 1990 e em 2002. Hoje, diz que reza sempre por João Paulo II e acredita que o Santo Padre conforta dom Geraldo Majela, de 83 anos, que foi acometido de uma doença degenerativa e há um ano e oito meses está internado na Santa Casa de Montes Claros.

“A gente acredita que há também a cura espiritual. Durante todo o tempo em que é mantido internado, mesmo com a traqueostomia e outras dificuldades, dom Geraldo celebra a eucaristia dentro do quarto do hospital. É uma fortaleza que ele recebe de Deus e o espírito do papa João Paulo II também está presente”, afirma dona Lilita. Ela se recorda da primeira vez que esteve com o papa, que morreu em maio de 2005, em 1990, e ele demonstrou bom humor. “Driblei a segurança e levei uns objetos para ele benzer. Quando viu os objetos, ele deu uma risada e brincou comigo”, relata Lilita.

Na segunda visita, em 2002, conta a irmã do arcebispo emérito, João Paulo já estava debilitado por causa da doença. “Encontrei um homem alquebrado (curvado), com uma pessoa ao lado cuidando dele. Fiquei muito comovida. Ajoelhei. Comecei a chorar e disse: “Papa, te amo”. Ele passou a enxugar as minhas lágrimas e a me confortar. Essa imagem não sai da minha cabeça”, descreve Maria das Mercês. Ela revela que guarda com carinho um terço que pertenceu a João Paulo II e uma religiosa de Roma enviou para dom Geraldo. “Todos os dias pego o terço e rezo”, disse.

Outro que esteve com João Paulo II, em Roma, é o empresário Carlos Humberto de Morais. Ele foi recebido pelo então papa em junho de 2002, quando também acompanhou dom Geraldo Majela de Castro, que, na ocasião, recebeu do pontífice o palio por ter sido nomeado arcebispo metropolitano de Montes Claros. “Foi um privilégio eu ter beijado a mão de um papa que agora virou santo. Isso faz a gente agradecer mais e prestar atenção em cada dia da nossa vida por Deus ter oferecido esta oportunidade única”, disse o empresário, que mora em Rio Pardo de Minas (Norte do estado). Em outubro do ano passado ele sofreu um grave acidente de carro e teve apenas ferimentos leves no pescoço. “Com certeza, as mãos de Deus estavam ali e as de João Paulo II também”, diz Carlos Humberto.


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