A busca submarina pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines será expandida para incluir uma grande porção do fundo do oceano que pode consumir até oito meses de busca, anunciou o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott.
"É altamente improvável nesse estágio que nós iremos encontrar qualquer fragmento da aeronave na superfície do oceano. Portanto nós estamos movendo da atual fase para uma fase focada em buscas no fundo do oceano, em uma área muito maior", afirmou a repórteres.
O submarino norte-americano Bluefin 21 não encontrou nenhum sinal do avião após semanas de uma busca inicial pelo voo MH370. As autoridades agora pretendem trazer novos equipamentos que possam realizar uma área maior de busca, disse Abbott.
Dados de radar e de satélite mostram que o Boeing 777 que transportava 239 pessoas desviou para longe do percurso em 8 de março por razões ainda desconhecidas. A aeronave viajava de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim.
Análises sugerem que o avião ficou sem combustível na remota seção do oceano onde as buscas estiveram centralizadas, mas nenhuma parte de fragmento foi recuperada desde o início de uma enorme busca internacional.
O Bluefin tem criado um mapa tridimensional da superfície do oceano por mais de duas semanas em uma área próxima de onde foram captados, em 8 de abril, sinais consistentes com a caixa preta. A busca submarina estava originalmente limitada a uma área de cerca de 400 quilômetros quadrados.
Abbott informou que a busca agora compreenderá toda a área provável da zona de impacto, que possui 700 quilômetros de comprimento e 80 quilômetros de largura. "Se tudo sair perfeitamente, eu diria que nós faríamos bem se fizéssemos isso em oito meses", declarou Angus Houston, chefe da agência australiana que coordena as buscas.
Abbott disse que a Austrália contratará empresas privadas para trazer equipamentos adicionais para mapear a área com tecnologia sonar, a um custo de US$ 60 milhões. Esse processo pode levar semanas, disse..