Enquanto as autoridades se apressam em culpar fatores externos, como a guerra civil na vizinha Síria, analistas e diplomatas apontam uma revolta generalizada entre a minoria árabe sunita como uma das principais causas para a violência exacerbada.
Em Faluja, a oeste de Bagdá, um ataque matou 11 pessoas e feriu outras quatro, disse o médico Ahmed Shami. Não ficou imediatamente claro quem estava por trás do bombardeio, que começou na noite de sábado e continuou no domingo.
Uma demonstração do poder dos militantes antigoverno e da fraqueza das forças de segurança é que todos em Fallujah e em partes da capital da província de Anbar, Ramadi, vivem sem controle do governo desde o início de janeiro.
A crise na província de Anbar, que partilha uma longa fronteira com a Síria, agravou-se no fim de dezembro, quando forças de segurança desmantelaram o principal acampamento sunita antigoverno do Iraque, próximo a Ramadi. Pouco depois, militantes tomaram partes de Ramadi e Faluja. Foi a primeira vez que forças antigoverno tomaram o controle de cidades importantes como essas desde o pico da violência em 2003, após a invasão norte-americana.
Ao norte de Bagdá, um bombardeio e um tiroteio atingiram um ônibus que transportava peregrinos xiitas na noite de sábado, matando 11 pessoas e ferindo outras 21. Os peregrinos estavam voltando de Samarra , quando uma bomba explodiu na periferia da cidade de Balad e homens armados abriram fogo contra o ônibus.
Também na noite de sábado, a polícia encontrou os corpos de pessoas de oito famílias. Elas foram mortas a tiros dentro de casa, em uma área predominantemente sunita ao sudeste de Bagdá.