Claudio Scajola foi acusado de ajudar Amedeo Matacena a fugir para Dubai e evitar, assim, uma sentença de prisão de cinco anos.
"Nós não estamos falando de uma simples ligação telefônica. É muito mais do que isso", disse De Raho, que descreveu laços próximos entre os dois homens. "Há uma relação muito estreita entre Scajola, a esposa de Matacena e os outros suspeitos".
Matacena foi declarado fugitivo ano passado depois que um tribunal italiano confirmou sua condenação. Ex-parlamentar no partido de Berlusconi, ele opera uma empresa de balsa no estreito de Messina e foi julgado por laços com a máfia.
As acusações também incluem tentar esconder a riqueza de Matacena. Autoridades disseram que há indícios de que a fortuna foi escondida em diversos lugares, como Luxemburgo e até na África. Foram confiscados 50 milhões de euros (US$ 70 milhões) em bens pertencentes a Matacena.
Além de Scajola, outras cinco pessoas foram alvo de mandados de prisão, incluindo a esposa de Matacena e a secretária de Scajola.
Berlusconi disse em entrevista à rádio Capital que ele estava "aflito" pela prisão de Scajola, mas ressaltou que seu aliado de longa data não era um candidato do Forza Italia nas eleições europeias no final deste mês.
Scajola renunciou em 2010 ao cargo de ministro da Indústria, em meio a alegações de que ele pagou valores muito abaixo dos preços do mercado por um apartamento de luxo com vista para o Coliseu, em Roma. Mais tarde, ele foi julgado e absolvido das acusações.