"Tem uma pessoa que deixou o local (do tiroteio) em seu veículo. Nós a identificamos e interceptamos. Mas não sabemos se ela tem ligação com os fatos", declarou uma porta-voz do MP, acrescentando que a pessoa detida é "considerada na condição de suspeita". O presidente francês, François Hollande, condenou neste sábado "a matança assustadora" no museu, manifestando aos belgas a "solidariedade" da França.
Em nota divulgada no sábado à noite, Hollande "expressa sua grande comoção e condena fortemente a matança assustadora ocorrida no Museu Judaico de Bruxelas". O chefe de Estado manifesta ainda "a total solidariedade da França ao povo belga nessa prova e envia suas profundas condolências às famílias das vítimas".
AtaqueUm homem teria entrado no museu, abrindo fogo rapidamente de maneira aleatória, declarou a ministra do Interior, Joëlle Milquet. "O registro é de duas mulheres e um homem mortos, além de um ferido em estado grave", acrescentou a ministra. "Não podemos tirar uma conclusão definitiva, mas é uma matança que ocorreu em um local que não foi por acaso. Há fortes suspeitas" de que seja um ato antissemita, considerou Milquet.
O bairro foi cercado e a segurança, reforçada perto de todos os lugares ligados à comunidade judaica da Bélgica, indicou Milquet.
"É um ato terrorista. O assassino entrou deliberadamente em um museu judaico", declarou à AFP o presidente da Liga Belga Contra o Antissemitismo (LBCA), Joël Rubinfeld. "Isso aconteceu, infelizmente. Houve um ato antissemita. É o resultado inevitável de um ambiente cheio de ódio", considerou o presidente da LBCA. A Bélgica está "unida e solidária" após esse "ataque revoltante", declarou o primeiro-ministro Elio Di Rupo.
"Nosso país e todos os belgas, seja qual for sua língua, origem ou convicção, estão unidos e solidários diante deste ataque revoltante em um centro cultural judaico", declarou Di Rupo à imprensa, indicando que "tudo está sendo feito" para "identificar e deter o autor ou os autores desta tragédia".
Alain Sobotic, que testemunhou o tiroteio, disse à AFP que tinha visto dois corpos perto da entrada do museu, os de uma mulher jovem e de um homem. "Tinha uma jovem, com sangue na cabeça. Ela ainda tinha um folheto informativo do museu na mão. Disseram que era uma turista", declarou a testemunha.
"Não muito longe dali, vi um senhor caído. Um bombeiro verificava se estava vivo, mas acho que não", acrescentou Sobotic, que mora no bairro.
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