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Estado de Minas

Polícia prende suspeito do tiroteio em museu judaico em Bruxelas

Incidente deixou três mortos e um ferido em estado grave


postado em 24/05/2014 16:25 / atualizado em 24/05/2014 16:40

O bairro foi cercado e a segurança, reforçada perto de todos os lugares ligados à comunidade judaica da Bélgica(foto: NICOLAS MAETERLINCK / BELGA / AFP)
O bairro foi cercado e a segurança, reforçada perto de todos os lugares ligados à comunidade judaica da Bélgica (foto: NICOLAS MAETERLINCK / BELGA / AFP)
Uma pessoa foi detida na condição de suspeita, neste sábado, por possível envolvimento no tiroteio no Museu Judaico da Bélgica, que deixou três mortos e um ferido em estado grave, anunciou o Ministério Público (MP) de Bruxelas em entrevista coletiva.

"Tem uma pessoa que deixou o local (do tiroteio) em seu veículo. Nós a identificamos e interceptamos. Mas não sabemos se ela tem ligação com os fatos", declarou uma porta-voz do MP, acrescentando que a pessoa detida é "considerada na condição de suspeita". O presidente francês, François Hollande, condenou neste sábado "a matança assustadora" no museu, manifestando aos belgas a "solidariedade" da França.

Em nota divulgada no sábado à noite, Hollande "expressa sua grande comoção e condena fortemente a matança assustadora ocorrida no Museu Judaico de Bruxelas". O chefe de Estado manifesta ainda "a total solidariedade da França ao povo belga nessa prova e envia suas profundas condolências às famílias das vítimas".

Ataque

Um homem teria entrado no museu, abrindo fogo rapidamente de maneira aleatória, declarou a ministra do Interior, Joëlle Milquet. "O registro é de duas mulheres e um homem mortos, além de um ferido em estado grave", acrescentou a ministra. "Não podemos tirar uma conclusão definitiva, mas é uma matança que ocorreu em um local que não foi por acaso. Há fortes suspeitas" de que seja um ato antissemita, considerou Milquet.

O bairro foi cercado e a segurança, reforçada perto de todos os lugares ligados à comunidade judaica da Bélgica, indicou Milquet. De acordo com testemunhas, os autores do ataque eram dois. Um teria ficado próximo ao carro, estacionado em fila dupla, enquanto seu comparsa, que levava "uma bolsa preta", atacou. Algumas pessoas viram a placa do automóvel, informou a agência de notícias Belga, sem citar a fonte.

"É um ato terrorista. O assassino entrou deliberadamente em um museu judaico", declarou à AFP o presidente da Liga Belga Contra o Antissemitismo (LBCA), Joël Rubinfeld. "Isso aconteceu, infelizmente. Houve um ato antissemita. É o resultado inevitável de um ambiente cheio de ódio", considerou o presidente da LBCA. A Bélgica está "unida e solidária" após esse "ataque revoltante", declarou o primeiro-ministro Elio Di Rupo.

"Nosso país e todos os belgas, seja qual for sua língua, origem ou convicção, estão unidos e solidários diante deste ataque revoltante em um centro cultural judaico", declarou Di Rupo à imprensa, indicando que "tudo está sendo feito" para "identificar e deter o autor ou os autores desta tragédia".

Alain Sobotic, que testemunhou o tiroteio, disse à AFP que tinha visto dois corpos perto da entrada do museu, os de uma mulher jovem e de um homem. "Tinha uma jovem, com sangue na cabeça. Ela ainda tinha um folheto informativo do museu na mão. Disseram que era uma turista", declarou a testemunha.

"Não muito longe dali, vi um senhor caído. Um bombeiro verificava se estava vivo, mas acho que não", acrescentou Sobotic, que mora no bairro. As coleções do Museu Judaico da Bélgica mostram a vida e a história do povo judeu na Holanda e na Bélgica desde o século XVIII. Ele fica localizado em um dos bairros mais visitados da capital belga.

 


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