O papa Francisco se reuniu neste domingo com o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, para um encontro ecumênico histórico pela união entre os cristãos, constataram jornalistas da AFP.
Os líderes católico e ortodoxo assinaram uma declaração comum, pedindo progresso na aproximação entre suas igrejas, quase dez séculos depois do grande cisma que as dividiu.
Francisco e Bartolomeu ficaram por algum tempo ajoelhados na entrada da basílica, onde, de acordo com a tradição cristã, Jesus foi crucificado e ressuscitou. A multidão aplaudiu os dois líderes religiosos, e depois entoou cantos de louvor durante a celebração ecumênica.
"Nessa basílica, para a qual todo cristão olha com profunda veneração, chega a seu ápice a peregrinação que estou fazendo junto com meu amado irmão em Cristo, Sua Santidade Bartolomeu", disse o papa.
"Peregrinamos seguindo as pegadas de nossos predecessores, o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, que, com audácia e docilidade ao Espírito Santo, tornaram possível, há 50 anos, na Cidade Santa de Jerusalém, o encontro histórico entre o Bispo de Roma e o Patriarca de Constantinopla", lembrou.
À celebração "ecumênica", marcada por cantos e solenidade, assistiram representantes das diversas confissões cristãs, entre elas greco-ortodoxos, armênios ortodoxos e franciscanos, os quais oraram juntos e publicamente pela primeira vez nesse lugar sagrado para o Cristianismo.
Na declaração, de dez pontos, Francisco e Bartolomeu se comprometeram a respeitar "as legítimas diferenças, pelo bem de toda a Humanidade". Também concordaram em trabalhar para que "todas as partes, independentemente de suas convicções religiosas, favoreçam a reconciliação dos povos".
O papa argentino, que visitava pela primeira vez o Santo Sepulcro, estava bastante emocionado. O ato, que começou com uma hora de atraso, terminou com a reza conjunta do Pai Nosso.
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