O enigmático líder da guerrilha mexicana Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), o subcomandante Marcos, anunciou neste domingo que deixa a liderança do movimento armado, alegando "mudanças internas" no grupo.
Ele descartou que a decisão tenha sido tomada por problemas de saúde.
"A substituição no comando não se dá por doença, ou morte, nem por deslocamento interno, disputa, ou depuração", garantiu o subcomandante Marcos, cujo verdadeiro nome é Rafael Sebastián Guillén.
Deve-se a "mudanças internas que o EZLN tem e teve", disse o agora ex-dirigente do EZLN, grupo criado em 1994 no empobrecido estado de Chiapas com o objetivo de defender os direitos da população indígena.
Em seu comunicado de mais de dez páginas escrito com seu característico tom irônico, o subcomandante afirma que, de acordo com a liderança do EZLN, decidiu-se que "Marcos deixa de existir hoje".
"Por minha voz, o Exército Zapatista de Libertação Nacional não falará mais", resumiu o ex-líder rebelde, no momento em que se completa 20 anos do surgimento da guerrilha.