O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou na noite desta quinta-feira a libertação de uma menina de dez anos cujo sequestro era atribuído à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Graças a Deus, à pressão da Força Pública e à comunidade, a menina Alejandra Cantoñí está livre. Investigamos a responsabilidade", escreveu Santos no Twitter.
O Exército colombiano havia denunciado o sequestro, na quarta-feira, de Alejandra, filha do comandante da polícia de Padilla, e atribuiu às Farc a ação produzida horas após o fim da trégua unilateral decretada pela guerrilha.
"Na manhã de hoje (quinta-feira), no município de Guachené, em Cauca, a Sexta Frente das Farc sequestrou uma menina de dez anos", revelou o general Wilson Cabra.
A Defensoria do Povo informou que a criança, filha de Víctor Cantorí, "foi levada por desconhecidos em um veículo quando seguia para o colégio com duas colegas".
O incidente ocorre em meio a eleições marcadas pela discussão sobre as negociações de paz com as Farc, promovidas por Santos desde novembro de 2012 em Havana.
As Farc decretaram um cessar-fogo unilateral por ocasião do primeiro turno das eleições, disputado no domingo passado, entre meia-noite de 20 de maio até à zero hora do dia 28.
O primeiro turno da eleição presidencial foi vencido por Óscar Iván Zuluaga, oposto ao processo de paz com as Farc liderado por Santos.
Zuluaga, que obteve 29,3% dos votos, contra 25,7% para Santos, condiciona as negociações com a guerrilha a um cessar-fogo unilateral e penas de seis anos para os líderes das Farc.