Os Estados Unidos anunciaram neste sábado a libertação de um soldado americano detido na Afeganistão há quase cinco anos, aparentemente em troca da transferência de cinco prisioneiros de Guantánamo ao Qatar, país que atuou como intermediário na negociação.
"Hoje, o povo americano está feliz por poder receber em casa o sargento Bowe Bergdahl, detido durante cinco anos no Afeganistão", afirmou o presidente Barack Obama em um comunicado.
"Declaro meu maior reconhecimento ao emir do Qatar por ter ajudado a garantir a volta de nosso soldados", acrescentou. "O compromisso pessoal do emir é uma demonstração da associação entre nossos países", enfatizou Obama, que também agradeceu ao governo afegão por sua ajuda na libertação do prisioneiros.
"Em nome do povo dos Estados Unidos, tive a honra de ligar para os familiares (do soldado) para manifestar a eles nossa alegria a respeito de que podem contar com sua volta com toda segurança", indicou.
Momentos depois, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou que cinco prisioneiros de Guantánamo seriam libertados. O chefe do Pentágono também confirmou a libertação no Afeganistão do sargento Bowe Bergdahl, e disse ter informado ao Congresso "sobre a decisão de transferir cinco detidos de Guantánamo para o Qatar". No entanto, não foi estabelecido explicitamente um vínculo direto entre os dois eventos anunciados simultaneamente.
Obama prometeu na terça-feira manter 9.800 soldados depois de 2014, invés dos 32.000 que atualmente se encontram no Afeganistão e que deixarão o país progressivamente até o final de 2016, na condição de que o futuro presidente afegão assine o Tratado Bilateral de Segurança (BSA).
O sargento Bergdahl foi capturado em 30 de junho de 2009 no Afeganistão e os talibãs difundiram vários vídeos para demonstrar que estava vivo..