Um iraniano condenado por suas ligações com a Organização dos Mujahedin do Povo do Irã (oposição no exílio) foi enforcado neste domingo, apesar dos apelos da Anistia Internacional para tentar impedir sua execução, anunciou a imprensa da República Islâmica.
Gholamreza Khosravi Savadyani foi condenado à morte em 2010 por ser "um inimigo de Deus", segundo a agência de notícias Irna.
Ele havia sido preso em 2008 por suspeita de ter contatos com os Mujahedin do Povo e ter enviado documentos secretos a opositores exilados.
A organização de defesa dos Direitos Humanos Anistia Internacional pediu no sábado que as autoridades iranianas suspendessem a execução, afirmando que o condenado não teve um julgamento justo.
Segundo a Anistia, o novo código penal do Irã prevê a pena de morte apenas aos adversários que "tomaram ativamente em armas".
A ONU estima que pelo menos 500 pessoas foram executadas no Irã em 2013, 57 delas publicamente.
Nascido em 1965 com a ambição de derrubar o regime do xá do Irã e, em seguida, o regime islâmico, os Mujahedin do Povo se instalaram no Campo de Ashraf, ao norte de Bagdá, durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988), com o apoio do regime de Saddam Hussein para realizar uma ação militar contra o Irã.
No entanto, eles foram desarmados após a intervenção americana em 2003, e o atual governo iraquiano, majoritariamente xiita e que se aproximou de Teerã, procura desde então se livrar dessa presença que considera irritante.