Os ativistas que pedem a libertação de mais de 200 adolescentes sequestradas pelo grupo islamita Boko Haram se dirigiram nesta terça-feira a um tribunal da Nigéria para protestar contra a proibição de se manifestar.
Na segunda-feira a polícia de Abuja, a capital da Nigéria, proibiu por motivos de segurança as manifestações da campanha "Bring Back Our Girls" ("Devolvam nossas meninas") que pede a libertação das adolescentes sequestradas no dia 14 de abril em uma escola de Chibok, no nordeste do país.
Das 276 sequestradas, 219 seguem cativas e vários países colaboram em sua busca.
"Nosso movimento é legítimo e legal e não pode ser detido pela polícia, cuja responsabilidade é fazer cumprir a lei, não traí-la", disseram Obi Ezekwesili e Hadiza Bala Usman, os organizadores das manifestações.
Até agora os protestos haviam sido permitidos, mas o previsto para esta terça-feira foi proibido, razão pela qual seus organizadores decidiram ir ao tribunal com seus advogados para pedir "a anulação imediata deste ato inconstitucional e antidemocrático".
O movimento #Bring Back Our Girls nasceu nas redes sociais da indignação internacional pelo sequestro e gerou manifestações em todo o mundo.
O grupo Boko Haram ("A educação ocidental é um pecado", em língua hausa), que desde 2009 luta no norte da Nigéria para impor a criação de um Estado islâmico, disse estar disposto a libertar as adolescentes em troca de seus membros detidos.
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