"Os insurgentes do Boko Haram realizaram ataques mortais nessas localidades, onde mataram um grande número de pessoas e destruíram suas casas", declarou à AFP o deputado Peter Biye, que representa esta região na Câmara Baixa do Parlamento. "Ainda estamos tentando estabelecer o número de mortos, porque os habitantes ainda estão contando as vítimas", acrescentou.
Muitos habitantes fugiram para o Camarões e soldados foram enviados para combater os islamitas, que assumiram o controle de ao menos sete vilarejos, segundo Biye. Aviões militares bombardearam posições do Boko Haram para tentar retomar o controle da região, acrescentou.
É difícil entrar em contato com os habitantes desta região, já que as redes elétrica e de telefonia foram destruídas pelos islamitas. Abba Goni, morador de Goshe, majoritariamente muçulmano, que conseguiu fugir para a cidade vizinha de Gamboru Ngala, relatou que os agressores estavam armados com kalachnikov e lança-foguetes.
O vilarejo, que abrigava 300 casas e várias mesquitas, foi completamente destruído, contou. "Perdemos muitas pessoas, incluindo milicianos (civis) que tentaram enfrentar os combatentes do Boko Haram. Ao menos 100 pessoas morreram", declarou Goni à AFP.
No vilarejo de Attagara, de maioria cristã, casas e igrejas foram queimadas e dezenas de pessoas mortas, segundo Bulus Yashi, que também se refugiou em Gamboru Ngala.
Os ataques do Boko Haram aumentaram nas últimas semanas. Cidades inteiras foram destruídas, principalmente no extremo nordeste do país, perto da fronteira fronteira com Camarões, Chade e Níger..