Os guardas de fronteira do leste da Ucrânia, alvos de ataques de separatistas pró-Moscou, anunciaram nesta quinta-feira que abandonaram três postos de fronteira com a Rússia e pediram reforços ao exército.
Situados na região de Lugansk, os postos de fronteira (Chervonopartyzansk, Doljanski e Chervona Mogyla) foram alvos de ataques dos separatistas na quarta-feira à noite, segundo um comunicado dos guardas.
"Após os tiroteios, dadas as ameaças sobre as pessoas que atravessam a fronteira, os civis e os guardas foram retirados das passagens de fronteira. Os postos foram fechados temporariamente e a Rússia foi oficialmente notificada", afirma a nota.
Os guardas de fronteira são alvos frequentes dos separatistas que proclamaram uma "república popular" nas regiões de Lugansk e Donetsk. Eles foram obrigados a abandonar sua sede regional em Lugansk após um ataque de rebeldes armados na segunda-feira.
Os países ocidentais afirmam que por esta fronteira entram combatentes e armas da Rússia, sobretudo do Cáucaso. Os separatistas admitem que têm o apoio dos chechenos.
No comunicado, os guardas informam a "concentração de um grande número de terroristas" na área da fronteira, "ameaças contra suas famílias" e "tiros permanentes".
"O controle da fronteira virou algo muito difícil em alguns lugares", afirma a nota.
Também afirmam que solicitaram ao conselho de ministros o fechamento "de uma série de passagens de fronteira" e o envio de tropas do exército e da guarda nacional "para defender a fronteira".
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