Jornal Estado de Minas

Lei e empresas dos EUA ajudam a limitar uso de minérios de áreas de conflito

AFP

Os esforços das empresas de tecnologia americanas e uma lei aprovada no país têm ajudado a limitar o uso de minerais obtidos de países em conflito para a fabricação de eletrônicos de consumo, revelou um estudo publicado nesta terça-feira.

Um documento da organização Enough Project revelou que os grupos armados que cometem atrocidades em países como a República Democrática do Congo agora cederam o controle de dois terços das minas da região que produzem metais como o tântalo e o tungstênio, utilizados, por exemplo, em celulares e lâmpadas incandescentes.

A lei Dodd-Frank e as auditorias da indústria da eletrônica criaram um 'mercado' no qual os minerais que vêm de países em conflito vendem de 30% a 60% menos.

"Nossas pesquisas revelaram que as empresas de eletrônica estão se abastecendo responsavelmente de minerais do Congo e que os mineiros ganham agora 40% mais", disse Sasha Lezhnev, membro do Enough Project.

O informe também revelou que, como resultado destes esforços, é "muito menos viável economicamente para os grupos armados e o exército do Congo" se beneficiarem destes minerais.

No entanto, cientistas advertem que são necessários mais esforços com relação ao "ouro e para fechar as lacunas legais nos outros minerais" que podem ser usados pelas facções armadas.

Segundo a ONG, os minerais rendem aos grupos armados e ao exército US$ 185 milhões ao ano.

Segundo o informe, a Apple certificou seu fornecimento de tântalo como proveniente de países sem conflito. A fabricante de processadores Intel, por sua vez, "está produzindo o primeiro produto mundial que contém metais congoleses 'limpos'".

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