Jornal Estado de Minas

Quase 230 mil crianças e adolescentes trabalham no Chile

AFP

Cerca de 229.000 crianças e adolescentes trabalham no Chile, país que se propôs a ser o primeiro da América Latina a erradicar o trabalho infantil, anunciou a ministra chilena do Trabalho, Javiera Blanco, nesta sexta-feira.

Dos menores trabalhadores no Chile, 94.000 têm entre 5 e 14 anos, e 135.000, entre 15 e 17 anos, revela o comunicado oficial divulgado hoje.

Em média, trabalham 16 horas por semana e, na maioria dos casos, por necessidade, já que têm famílias muito pobres.

Além de, muitas vezes, serem a única fonte de renda e de garantia de sobrevivência de um determinado núcleo familiar, também ajudam a melhorar a renda doméstica.

Nove em cada dez crianças trabalham em atividades perigosas.

Nesta sexta, o governo de Michelle Bachelet anunciou a "reativação" de um Comitê Assessor Nacional na matéria e a criação do Observatório Social pela Erradicação do Trabalho Infantil.

"Queremos nos projetar como um país desenvolvido e ser o primeiro país na América Latina a erradicar o trabalho infantil em todas as suas formas", afirmou Javiera.

Considera-se trabalho infantil aquele realizado por pessoas de 0 a 17 anos de idade e que participam de empregos abaixo da idade mínima, ou que realizam tarefas domésticas não remuneradas no próprio lar, de caráter perigoso.

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