O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu neste sábado à autoridade judicial que seja imparcial e não se deixe levar por influências políticas, em uma crítica a esta instituição controlada pelos conservadores.
Rohani, que se apresenta como um moderado, fez estas declarações diante de uma centena de juízes e de autoridades judiciais, entre elas o chefe do poder judicial, o aiatolá Sadegh Larijani.
A justiça, que aplica a sharia, ou lei islâmica, desde a revolução de 1979, é independente dos poderes legislativo e executivo, segundo a Constituição.
"A justiça não deve ser partidarista (...) as decisões de um tribunal devem ser emitidas pelo tribunal, e não por alguém que considera ter influência", declarou em seu discurso transmitido ao vivo pela televisão.
"As facções políticas podem fazer comentários, mas não deveriam estar autorizadas a tomar decisões (...) nenhum grupo deveria poder influenciar no tribunal ou no juiz", acrescentou.
Rohani também pediu à justiça que faça prevalecer a presunção de inocência, que às vezes não se aplica.
"O tribunal deve falar em função da lei e agir segundo a lei, pouco importa quem seja o acusado", disse.
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