A presidente chilena, Michelle Bachelet, anunciou nesta quinta-feira a injeção de cerca de US$ 36 milhões em educação, já para este ano, recursos que serão destinados a melhorias em infraestruturas e a saldar dívidas do ensino público.
Esses recursos adicionais serão repassados para as prefeituras, atuais gestoras das escolas, atoladas em dívidas e com orçamentos bastante desiguais, em função de sua localização e do nível socioeconômico da vizinhança.
Os colégios poderão fazer obras pendentes desde o terremoto, em abril passado, para evitar problemas de segurança e de saúde, assim como reforçar a infraestrutura contra o frio e a chuva. Também devem ser instaladas nas escolas redes sem fio para o uso da Internet.
O governo promete ainda um aumento na capacitação de professores, mais oficinas de Educação Artística, instalações para Educação Física, uso de tecnologia e reforço no ensino do Inglês.
"É um programa potente, mas devemos dizer com clareza. Não é a solução definitiva, porque a solução definitiva vai levar mais tempo e tem a ver com a desmunicipalização que a presidente apresentou em seu programa", anunciou o ministro chileno da Educação, Nicolás Eyzaguirre.
O plano de Bachelet é devolver a gestão das escolas públicas ao Estado, com a criação de uma agência estatal autônoma para supervisioná-las. Essa é uma reivindicação histórica dos professores.